segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pagina Virada

Era uma vez...

Seriam mil as palavras para contar a minha pequena história. E contudo, parecem ser insuficientes para que consiga descrever o que senti nessa passagem da minha vida...

Enquanto me mantive escondida em mim, as pessoas especiais que passavam na minha vida nem sequer roçavam a superfície. Estive ausente do sentir e fiz-me passar por mil, as mil que quisessem que eu fosse. Até que te encontrei e enterrei em ti tudo do meu interior. Finalmente alguem que me conhecesse so pela forma de tocar...

Foi mentira.. Enjaulaste o que te entreguei de livre vontade e tornaste-o teu e à tua imagem.. Sufocaste-me e eu achei que era amor. Achei que protegias a minha essência do resto do mundo.. Eu fui confidente, companheira, amante e mulher. E não chegou...

Um dia acordei e vi-me sem ti. Foi uma linda história de amor que teve um Fim, sem me sentir feliz para sempre.

A ti agradeço a minha independência de hoje e a minha felicidade de amanha.

Agora, aqui viro esta página. Obrigada e Adeus

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Narrador Ausente

Estiveste comigo para o mais simples, fizeste de mim quem sou e a ti devo a minha postura e cabeça erguida.
Hoje saí de casa e caminhei junto ao alcatrão, sem que o trânsito parasse apesar do sentimento avassalador que me preenchía. As pessoas olharam-me como se fosse um dia normal, mas estranhamente eu olhei-as como se nunca mais as fosse ver.. Que tristeza poderia eu sentir ao olhar para uma cara estranha e já sentir a sua falta? Mas não era por elas a tristeza que senti, era por ti, que me pautaste o caminho para a escola, que me fizeste sentir orgulho em chutar uma bola, que me fizeste verter uma lágrima de medo que foi limpa no xaile que a avó trazia.

Hoje, que sinto a tua falta em todas as pessoas que me rodeiam, sei que narras a minha vida...

Obrigada

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

E nao pensei...

Está de noite e eu esqueci-me de ti... Pensei que nunca mais fosse acontecer. Esqueci-me que alí estavas, parado, invisível, inexistente perante o meu ser.
Não te pedi nada a não ser estares, quereres, gostares e parece que foi muito.. É muito? Pedir-te que me queiras como se o alcatrão da rua fosse levantar se não conseguires respirar-me? É assim tanto quereres ficar comigo mesmo quando tenho um reflexo egoísta, uma atitude para mim? Será que te peço o céu se quiser que gostes de mim mesmo que não gostes?... Aos meus olhos eu estou bem.. E aos teus deixei de estar.

(Continua de noite e ainda não me lembrei de ti... Está a resultar.)
E sem teres culpa toda a minha existência pede que me olhes como se translúcida fosse a minha superfície. Que os ditos "espelhos da alma" sejam suficientes para agonizares se não te virem.
Agora sofre, que não me tens!! Não me tens a idolatrar o cheiro doce que sinto quando sorris... Sofre por me não me poderes tocar quando estas tão perto que me dói.

Guarda o teu, o meu, o nosso.. o que foi, o que é e o que será.. Alguém me disse que se aprende com isso!
....E já é de manhã,acabou a primeira noite em que não pensei em ti.

domingo, 7 de outubro de 2007

Impulso meu

Nao existe uma razão lógica para expormos o que nos passa pelo pensamento.. Porém, fazemo-lo. Talvez e mais que uma forma de os outros nos conhecerem, é uma forma de nos conhecermos. Não acredito em falsa modéstia e ponho então aqui à prova a minha vaidade... A possibilidade de ser criticada ou elogiada é então assim criada por impulso próprio, mas um impulso transparente.